Conteúdo/ODOC – O próximo presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Max Russi (PSB), anunciou que pretende implementar um processo de transição na Casa, semelhante ao adotado por prefeitos e governadores eleitos. A iniciativa será realizada em parceria com o atual presidente do parlamento, Eduardo Botelho (União Brasil).
Mesmo ocupando o cargo de primeiro-secretário na gestão atual, Russi destacou a importância da transição para se inteirar dos trabalhos em andamento e, assim, viabilizar o seu plano de ações para os próximos dois anos. “Embora já faça parte da gestão, o Dr. João [novo primeiro-secretário] não faz, então será necessária uma transição para que possamos entender as funções exclusivas do presidente e implementar as mudanças que pretendemos,” afirmou Russi.
A antecipação da eleição da Mesa Diretora, de setembro para agosto, foi um dos pontos destacados por Russi como facilitador desse processo de transição. “Esse tempo vai me permitir avançar em algumas propostas e ideias que pretendo implantar nos próximos dois anos”, explicou.
Desafios e mudanças à vista
Entre os desafios da nova gestão, Russi terá que adaptar a Assembleia Legislativa para receber três novos deputados a partir de 2027. O número de cadeiras no parlamento estadual aumentará de 24 para 27 na próxima legislatura, devido ao crescimento populacional registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nos últimos 12 anos, Mato Grosso registrou um aumento de mais de 600 mil habitantes, o que, pela Constituição, resulta em mais representantes no Legislativo estadual e federal. O número de deputados estaduais é proporcional ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados, que passará de 8 para 9 a partir de 2027.
Russi já começou a preparar a Casa para essa mudança, mas reconhece que a construção dos novos gabinetes precisa ser acelerada. “A obra já começou, mas confesso que está lenta. Precisamos apressar a empresa responsável pela construção dos três novos gabinetes. A partir do próximo mandato, serão 27 deputados, mas durante a minha gestão ainda serão 24”, comentou.
O novo presidente da Assembleia Legislativa assume a função com o desafio de modernizar a gestão e adaptar a Casa para atender às novas demandas que virão com o crescimento populacional do estado.