Conteúdo/ODOC – Em entrevista no Jornal da Cultura, o candidato a prefeito de Cuiabá, Abílio Júnior (PL), questionado sobre sua proposta, caso eleito, de instalar câmeras nos órgãos públicos, que vem gerando polêmica com seus adversários, afirmou que o objetivo é “combater a corrupção” e saiu com uma pergunta: “nenhum servidor é ladrão?”.
“Nenhum funcionário é ladrão…essa é a pergunta. Nenhum servidor é ladrão? Se nenhum servidor é ladrão, porque tiveram 21 operações da polícia”, disse o candidato liberal sobre a atual gestão municipal.
“São 21 operações…tem como roubar sozinho? Tem como alguém desviar medicamentos sozinho? Tem como alguém ir lá e fraudar um contrato sozinho? Não…então alguém foi cúmplice, alguém foi parceiro desse processo”, emendou.
“A câmera não está identificando todo mundo de ladrão…não, ela só vai identificar quem é, ou seja, separar o joio do trigo. Mostrar o bom servidor, no desempenho de um bom trabalho e o mal servidor será exibido como mal servidor. Vai ser flagrado nos esquemas de corrupção”, disse.
Abílio Júnior recordou a Operação Sangria. “Quando a gente teve a operação Sangria, que apontou o secretário de Saúde na época, o Huark Douglas, assinando o contrato, assinando pagamento – inclusive – para empresa dele mesmo. Então, quem era o fiscal do contrato…era outro servidor, quem era o administrativo que fazia a ordem de pagamento, outro também”.
Segundo Abílio Júnior, “o que a gente está querendo com as câmeras é que aqueles que fazem coisa errada, sejam monitorados, e os que fazem a coisa certa…quem faz a coisa certa não precisa se preocupar”, completou.