Conteúdo/ODOC – O debate realizado nesta terça-feira (3) entre os candidatos à Prefeitura de Cuiabá, promovido pela TV Vila Real, foi dominado por ataques pessoais e acusações, deixando em segundo plano a apresentação de propostas para a cidade. O embate envolveu diretamente os deputados Eduardo Botelho (União Brasil), Lúdio Cabral (PT), e Abílio Brunini (PL).
O debate, que deveria ter sido uma oportunidade para os candidatos apresentarem suas propostas para Cuiabá, acabou sendo marcado por um clima de confronto e acusações mútuas, sem um foco claro nos desafios e soluções para a capital mato-grossense.
A primeira troca de farpas ocorreu quando Eduardo Botelho acusou Lúdio Cabral de ser criminoso, mencionando que o petista foi alvo da Operação Sodoma. Em resposta, Lúdio negou qualquer envolvimento em corrupção e devolveu a acusação, apontando que a Construtora Nhambiquaras, ligada a Botelho, fez um acordo com o Ministério Público de Mato Grosso para devolver recursos. Botelho reagiu, chamando Lúdio de mentiroso e “lobo em pele de cordeiro.”
O clima esquentou ainda mais quando Abílio Brunini acusou Botelho de prejudicar os pescadores de Mato Grosso com sua atuação na Assembleia Legislativa. Botelho contra-atacou, afirmando que Abílio não tem competência para administrar Cuiabá e que o candidato bolsonarista “apenas envergonha o estado em nível nacional com sua atuação na política.”
“Esse candidato não tem competência. Perguntei sobre agricultura familiar e ele não falou nada. Sabe por quê? Porque ele não tem projeto nenhum. O projeto dele é só fazer palhaçada e envergonhar Mato Grosso no cenário nacional”, declarou Botelho durante o debate.
A tensão entre os candidatos também foi evidente em outro momento, quando Lúdio questionou Abílio sobre seu apoio à soltura de Chiquinho Brazão, acusado de envolvimento no assassinato da vereadora carioca Marielle Franco. Além disso, o petista acusou Abílio de copiar propostas de seu plano de governo, como a revitalização da Lagoa Encantada, e de buscar apenas curtidas nas redes sociais. Abílio negou as acusações, afirmando ser o autor das ideias.