Criado em 2011, o Grupo de Trabalho da Agricultura do G20 tem como principal objetivo promover a cooperação internacional para tratar de questões essenciais para a agricultura mundial como a segurança alimentar, a agricultura sustentável, inovação tecnológica e adaptação às mudanças climáticas.
Sob a presidência pro tempore do Brasil, as reuniões do GT Agricultura acontecem de 10 a 14 de setembro no município de Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. O estado é o maior produtor de grãos e também tem o maior rebanho bovino do país abrigados em três biomas diferentes: Amazônia, Pantanal e Cerrado.
Coordenador do GT Agricultura, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Roberto Perosa, informou que as reuniões deste ano registram a maior adesão da história do grupo. São 23 delegações com ministros e autoridades de nível ministerial das principais economias do mundo.
A declaração foi dada no Fórum Internacional de Agricultura e Pecuária (FIAP), evento paralelo ao G20, realizado nesta segunda-feira (9) em Cuiabá. Conforme o secretário, esta também é a maior participação de ministros nas reuniões dos Grupos de Trabalho do G20 neste ano.
Ao todo, o G20 Brasil conta com mais de 100 reuniões realizadas em todas as regiões do Brasil para discutir os diferentes temas.
ESTADO – O governador Mauro Mendes voltou a defender medidas mais duras para aqueles que insistem em praticar crimes ambientais no país. Entre as propostas de Mauro Mendes, está a punição de perda de terras para aqueles que fizerem desmatamento ilegal.
“Nós temos também no país alguns desafios que precisam ser tratados de forma diferente. Devemos ter a coragem de agir dentro da legalidade e punir quem desmata ilegalmente, retirando suas terras”, afirmou o governador para autoridades ligadas ao agro e representantes de entidades internacionais presentes.
O governador também destacou a importância de se implementar um seguro agrícola como forma de enfrentar as mudanças climáticas.
“O seguro agrícola precisa ser mais robusto, precisamos olhar para ele porque diante das mudanças climáticas, é algo que pode em algum momento salvar esse importante setor”, afirmou.
Mauro alertou para os desafios do agronegócio brasileiro, como as mudanças climáticas e a necessidade de investimentos.
“O agronegócio brasileiro, apesar de sua importância estratégica, enfrenta desafios significativos, como as mudanças climáticas que impactam a produção e a necessidade de investimentos em irrigação para garantir a produtividade. É fundamental que o país tenha uma política consistente para o setor, com investimentos estratégicos em tecnologias que garantam o aumento da produtividade e a sustentabilidade da produção de alimentos”, disse.
Mauro Mendes finalizou seu discurso defendendo o protagonismo do Brasil no agronegócio mundial.
“É fundamental que, na COP30, realizada no próximo ano aqui no Brasil, a comunidade internacional assuma seus compromissos com a redução das emissões de carbono, algo que não tem ocorrido desde a primeira conferência. O Brasil não deve ser alvo de cobranças por suas ações, enquanto outros países não demonstram o mesmo compromisso com a sustentabilidade global. É preciso que todos os países atuem nesse processo de forma justa e equilibrada, para podermos construir um futuro sustentável para o planeta”, concluiu.
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