Conteúdo/ODOC – A sexta-feira (20) movimentou o meio político nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande, com a prisão de dois vereadores candidatos à reeleição nas respectivas cidades. As detenções aconteceram um dia antes do período proibitivo em período eleitoral.
Pela norma, postulantes ao cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador ficam impedidos de detenção durante os 15 dias que antecedem o primeiro turno do pleito, que neste ano será realizado no primeiro domingo outubro (dia 6). A regra está prevista no parágrafo 1º do artigo 236 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965).
Conforme noticiado pelo Portal O Documento, em Cuiabá, a prisão foi o vereador Paulo Henrique (MDB), alvo Operação Pubblicare, deflagrada pela Ficco-MT (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) e apura o envolvimento de agentes públicos em um esquema de lavagem de dinheiro de uma facção criminosa.
A segunda ação foi a Operação Gota d’Água para desarticular uma organização criminosa instalada na Diretoria Comercial do Departamento de Água e Esgoto do município de Várzea Grande (DAE-VG). O principal alvo é o vereador e candidato à reeleição Pablo Pereira (UB).
Foram cumpridos na operação 123 mandados judiciais, expedidos pelo Juízo do Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), entre prisões preventivas, busca e apreensão, suspensão de função pública, sequestro de bens e bloqueio de valores e medidas cautelares diversas.
Núcleos afetados
Em Cuiabá, Paulo Henrique é do partido do atual prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB), que nesta campanha investiu esforço no candidato e empresário Domingos Kennedy (MDB).
Em Várzea Grande, Pablo é do partido do senador Jayme Campos, um dos líderes do clã político da cidade. Ele é apoiado e apoiador da reeleição do prefeito Kalil Baracat (MDB).