Os ministros do Turismo do G20, grupo composto pelas principais economias do mundo, reforçaram a importância do financiamento para o turismo sustentável, assim como a necessidade de se investir em micro, pequenas e médias empresas para o que chamam de “resiliência econômica” do setor.
Eles aprovaram neste sábado (21) uma carta com uma série de recomendações, inclusive uma do Brasil por mais linhas de financiamento para o turismo sustentável e ações de resiliência climática. A chamada “Declaração de Belém” é resultado de meses de negociações e do encontro dos ministros do setor que aconteceu nesta semana em Belém, no Pará.
No documento, os ministros elogiam a presidência brasileira do G20 pelo relatório sobre linhas de financiamento e áreas prioritárias para investimento no turismo, que “destaca o papel crucial do apoio financeiro no desenvolvimento do turismo, com o potencial de criar impactos sociais, ambientais e econômicos positivos em vários setores”.
A declaração lembra que o relatório “recomenda que organizações multilaterais e internacionais, bem como instituições financeiras, forneçam linhas de financiamento em quatro áreas prioritárias diretamente relacionadas ao turismo: resiliência climática e turismo positivo para a natureza, desenvolvimento social, criação de novos produtos turísticos em comunidades locais e desenvolvimento de infraestrutura turística compartilhada”.
Em relação aos pequenos negócios, a avaliação é que é preciso apoiá-los em transições verdes, “bem como na adoção de avanços tecnológicos para melhorar a competitividade e a sustentabilidade”.
“Expressamos nossa intenção de fomentar a inovação e a resiliência nas micro, pequenas e médias empresas e nos destinos, facilitando o acesso ao financiamento e à expertise, especialmente para projetos turísticos sustentáveis e focados na comunidade. O investimento em micro, pequenas e médias empresas é fundamental para gerar empregos locais e promover o desenvolvimento social.”
A melhoria da qualificação profissional é também citada como essencial para o setor.
“Enfatizamos a necessidade de oportunidades de treinamento inclusivas, garantindo que jovens, mulheres, pessoas em situações de vulnerabilidade, comunidades locais e povos indígenas, conforme apropriado, tenham acesso ao desenvolvimento profissional no setor de turismo. O investimento contínuo no capital humano contribuirá para o crescimento sustentável do turismo, fomentará a inovação e apoiará a criação de serviços turísticos de alta qualidade globalmente.”
Outro ponto discutido em Belém foi a importância de se ter dados confiáveis e com parâmetros passíveis de comparação.
“Ecoamos o apelo da Comissão de Estatística da ONU à comunidade internacional de doadores e aos países para apoiar e financiar a medição do turismo e sua sustentabilidade, levando em consideração as circunstâncias, necessidades e prioridades nacionais.”
Leia a íntegra:
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