Para evitar um racha na base aliada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem defendido a aliados o lançamento de candidaturas únicas para as sucessões da Câmara e Senado.
Em conversas reservadas, o petista mantém o discurso de que não tem candidato, mas não quer nenhuma disputa fomentando crise na base aliada com potencial de prejudicar a pauta governista.
O presidente também tem sinalizado que espera contar com o apoio dos futuros presidentes das casas legislativas para na disputa pela reeleição em 2026.
Em 2022, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), apoiou o então candidato à reeleição Jair Bolsonaro. Já o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), manteve a neutralidade.
Lula tem poucas esperanças de que o Republicanos, PSD ou o União Brasil fechem oficialmente apoio à sua recondução, visto que são siglas de centro-direita.
O presidente, no entanto, espera ter apoios avulsos de quadros das siglas, o que envolve ministros da atual gestão e os presidentes da Câmara e do Senado.
Neste momento, o favorito para assumir o lugar de Pacheco no comando do Senado é Davi Alcolumbre (Uniao Brasil-AP). Na Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antônio Brito (PSD-BA) disputam a sucessão de Lira.
Lula pediu para o PT só declarar quem apoiará em janeiro, um mês antes da eleição. O objetivo é justamente dar o apoio apenas quando houver um consenso em torno de um nome único.