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Empresário liderava esquema de R$ 1,8 bilhão e tinha esposa, irmã e sobrinhos como “sócios”

Esquema alvo do Naco envolvia empresas com núcleo familiar que fornecia dos mais variados produtos a prefeituras e Câmaras Municipais

Conteúdo/ODOC – Organograma da Operação Gomorra mostra  a atuação dos suspeitos presos por um suposto esquema de fraudes em licitações e desvio de recursos na Prefeitura de Barão de Melgaço.

A operação foi deflagrada nesta quinta-feira (7) pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco),  grupo operacional permanente formado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso e Polícia Judiciária Civil.

Conforme o organograma, o esquema era liderado pelo empresário Edézio Correa, réu colaborador da Operação Sodoma, que apurou um esquema de pagamento de propina da gestão do ex-governador Silval Barbosa.

As empresas dele investigadas no suposto esquema  tem como sócios a sua esposa Tayane Beatriz Silva Bueno, a irmã Eleide Maria Correa e os sobrinhos Roger Correa da Silva, Waldemar Gil Barros e Janio Correa da Silva. Todos foram presos temporariamente.

O grupo é proprietário das empresas Pontual Comércio e Serviços de Terceirizações, Pantanal Gestão e Tecnologia, Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda e Centro América Frotas Ltda.

Segundo o Naco, as  empresas investigadas atuam em diversos segmentos, sempre com foco em fraudar a licitação e disponibilizam desde o fornecimento de combustível, locação de veículos e máquinas, fornecimento de material de construção até produtos e serviços médico-hospitalares.

E além de Barão, atuavam  em diversas outras prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso.

As investigações revelaram ainda que nos últimos cinco anos, os montantes pagos às empresas chegam à quantia de R$ 1,8 bilhão, conforme a lista de contratos divulgada no Radar MT do Tribunal de Contas do Estado (TCE) .

Esquema em Barão

De acordo com o Naco, a identificação do esquema ocorreu após a análise de todos os processos licitatórios homologados pela Prefeitura de Barão de Melgaço com a empresa Centro América Frotas no período de 2020 até os dias atuais.

Foi verificado, durante a investigação, que outras empresas que haviam participado dos certames tinham como sócios pessoas do mesmo núcleo familiar do proprietário da empresa Centro América Frotas. Além disso, algumas delas sequer possuem atividade empresarial em funcionamento.

A análise dos contratos, segundo o Naco, também demonstrou diferenças exorbitantes de valores em contratações semelhantes. Em um dos casos, houve um aumento de mais de nove milhões em contratações realizadas nos anos de 2021 e 2022.

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