O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou, durante conversa com jornalistas, em um evento na cidade de São Paulo neste último sábado (23), que “a vida continua”, mesmo com o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Fica só essa discussão, mas já não foi indiciado? E daí? A vida continua”, respondeu o governador quando questionado sobre esse assunto.
Caiado ainda não havia se pronunciado sobre o tema. Ele afirmou que a ideia de elaborar um plano golpista deve “ser rejeitada e repudiada por todos nós, brasileiros”. Mas que, apesar disso, o “Brasil não pode parar”.
“Agora você vê que tem dois anos que é só essa discussão no Brasil. As coisas não podem ser assim, se eu fosse ficar preocupado com pequenos detalhes dentro do meu governo, eu não governaria”, continuou.
Ele reforça que o indiciamento de Bolsonaro não pode ser “a pauta do Brasil”.
“O Supremo que vai decidir, cada um no seu quadrado, eu como gestor e o Supremo como órgão máximo para decidir e julgar o termo”, concluiu.
Caiado, que já foi próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro, mas se afastou dele desde a recente disputa nas eleições municipais em Goiás, disse que os dois “tiveram alguns desentendimentos”, mas que isso faz parte do jogo político.
“O relacionamento com o presidente, divergências de momentos de campanhas eleitorais aconteceram, mas eu nunca deixei de recebê-lo, nem deixei de conversar com ele. […] Eu sou um homem que já tem alguns mandatos e muita experiência já na política e dentro daquilo que eu levo como posição, que sempre mantive na minha vida de muita independência, sempre fui uma pessoa muito tranquila em me posicionar”, afirmou.