Em entrevista à CNN na tarde deste domingo, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, lembrou de quando participou das negociações para liberar Silvio Santos, que era refém em sua própria casa, de um dos sequestradores de sua filha, Patrícia Abravanel, em 2001.
“(Ele disse sobre o sequestrador:) doutor Geraldo, esse rapaz é ótimo, ele vai fazer faculdade. Silvio Santos sempre com uma capacidade de entreter, de conversar, de convencer”, lembra Alckmin, que na época era governador do estado de São Paulo.
Silvio Santos morreu na manhã deste sábado (17), em São Paulo, após ficar 17 dias internado com um quadro agravado por infecção por H1N1.
“Eu me lembro de um fato, o sequestrador tinha um ferimento, e o Silvio Santos tinha prometido dar umas roupas para ele”. Alckmin conta que uma médica cirurgiã entrou para ajudar o sequestrador e Silvio foi buscar roupas para ele antes de ser levado pela polícia.
“Estado de permanente bom humor é uma das melhores provas de inteligência”, diz.
Silvio ficou cerca de sete horas como refém do sequestrador que havia participado do sequestro de sua filha dias antes. O criminoso havia dito, lembra Alckmin, que se renderia só se o governador fosse até lá.
“Eu lembrei de um professor de medicina que dizia, quando você tiver uma situação muito grave, nunca se omita. Então resolvi ir, mesmo contra a opinião de alguns. Fui e entrei rapidamente na casa, só tinham os policiais, a casa estava vazia e num cômodo, deveria ser a cozinha, estava o Silvio Santos com o sequestrador”, lembra.
Veja entrevista completa.
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