Em visita a Cuiabá nesta segunda-feira (14), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou clara sua aposta política em Mato Grosso para as eleições de 2026.
O foco, agora, está nas cadeiras do Senado. Durante coletiva de imprensa, Bolsonaro citou o governador Mauro Mendes (União Brasil) e o deputado federal José Medeiros (PL) como os nomes para a disputa pelas duas vagas que estarão em jogo no próximo pleito.
“Aqui em Mato Grosso, o governador deve ser candidato ao Senado e a outra vaga o Medeiros”, afirmou Bolsonaro. O ex-presidente, que é um forte cabo eleitoral, reforçou a mensagem durante conversas privadas com empresários do agronegócio, onde também sinalizou que preferência pela chapa Mauro e Medeiros.
Dentro do Partido Liberal, o nome de Medeiros já é trabalhado para o Senado. O presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, e o senador Wellington Fagundes (PL) não perdem tempo em ecoar o apoio a Medeiros.
“O deputado José Medeiros é o nosso candidato a senador. Ele tem o apoio do partido, da direção nacional e do presidente Bolsonaro”, afirmou Ananias.
A proximidade entre Mauro Mendes e Bolsonaro, por sua vez, não é algo recente. Em 2022, durante a campanha presidencial, o governador declarou apoio à reeleição de Bolsonaro, gesto que consolidou a aliança entre União Brasil e PL no estado. Naquele ano, Mendes dividiu o palanque com Wellington Fagundes, que tentava (com sucesso) a reeleição ao Senado.
Se a dupla Mendes-Medeiros se consolidar como a aposta de Bolsonaro para o Senado, o PL já cogita outro cenário: lançar Wellington Fagundes ao governo estadual. Enquanto isso, na base de Mauro Mendes, o nome mais forte para disputar o Executivo seria do atual vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos).
Bolsonaro, ao apontar suas preferências desde já, dá o primeiro sinal de como pretende pavimentar sua influência nas eleições de 2026 para o Senado Federal. A estratégia é clara: consolidar uma base forte no Senado, em um dos estados que sempre lhe foi favorável, e garantir que aliados de confiança ocupem posições-chave tanto no Legislativo quanto no Executivo.