11/23/2024

Search
Close this search box.
  • Home
  • Brasil
  • Funcionários pedem exoneração de Pochmann do IBGE; entenda

Funcionários pedem exoneração de Pochmann do IBGE; entenda

Uma grande crise se instaurou no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com diversas críticas à gestão de Márcio Pochmann à frente da instituição, inclusive com pedidos para sua exoneração.

Na última sexta-feira (20), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística (Assibge) anunciou uma convocação de ato na semana que vem em frente à sede do IBGE, no Rio de Janeiro.

De acordo com o órgão, o ato será para exigir que Pochmann altere seu “comportamento autoritário” que tem marcado suas ações recentes e para que ele estabeleça um real processo de diálogo com os servidores em relação as diversas alterações em curso no Instituto.

Também são citadas críticas em outros aspectos, como:

  • mudanças no regime de trabalho;
  • transferência para o prédio do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), no Horto, na zona sul;
  • criação de uma fundação de direito privado;
  • alteração no estatuto, etc.

Carta com críticas à gestão

Uma carta apócrifa começou a circular entre os servidores do IBGE, ao mesmo tempo da convocação do ato, detalhando as críticas à gestão Pochmann e pedindo sua exoneração.

Intitulado como “Declaração Pública dos Servidores do IBGE”, o documento detalha as insatisfações.

Uma delas é com o IBGE+. De acordo com a carta, trata-se de “uma entidade de apoio de direito privado, implementada sem qualquer diálogo com os trabalhadores”.

“Formalizada em sigilo por 11 meses e anunciada dois meses após sua oficialização em cartório, essa fundação gera dúvidas quanto à sua real finalidade e ao impacto que terá sobre a independência técnica e administrativa do Instituto”, diz o texto.

Reformulação do estatuto

Ainda de acordo com a carta, a falta de clareza e participação em um tema crítico levanta sérios questionamento sobre os critérios que nortearam a criação do IBGE+ e os riscos de desvirtuamento da missão pública do órgão em benefício de interesses privados.

Outro ponto levantado na carta é a reformulação do estatuto do órgão, “que está sendo conduzida de maneira pouco transparente e sem o necessário debate com os servidores e a sociedade”.

O sindicato vem cobrando mais transparência e participação no processo de reformulação, “pois qualquer mudança no estatuto pode comprometer gravemente a governança da instituição e a qualidade dos dados produzidos”, prossegue a carta.

Entretanto, a presidência tem se mantido inflexível e se recusa a fornecer informações ou promover discussões abertas com os trabalhadores, revela o documento.

“Essa postura coloca em risco a autonomia do IBGE e sua credibilidade como fonte confiável de dados estatísticos”, critica.

Viagens excessivas de Pochmann

Diante de um “cenário de escassez financeira” no IBGE, as viagens “frequentes e excessivas” de Pochmann viraram alvo de críticas, conforme consta na carta que circula entre os trabalhadores do órgão.

“O IBGE não dispõe de crédito para algumas despesas como o pagamento de aluguéis, está em débito com diversos fornecedores e restringe viagens técnicas essenciais para a condução de pesquisas”, explica

Segundo o texto, a prioridade dada a essas viagens, no lugar da manutenção de atividades básicas do instituto, “reforça a desconexão entre a gestão e as reais necessidades do IBGE e do país”.

Mudança de endereço

A possibilidade de transferência repentina dos servidores do centro do Rio de Janeiro para o bairro do Horto foi alvo de críticas.

Isso acontece pela “indisponibilidade de linhas de ônibus, de metrô e por não ter restaurantes no entorno.

“Essas atitudes evidenciam a falta de planejamento e respeito para com os trabalhadores. Tais medidas desnecessárias, se implementadas, tendem a aumentar os gastos de custeio, enquanto desconsideram as reais necessidades do Instituto”, complementa.

Exoneração

A partir dos fatos apresentados, é pedida a exoneração de Pochmann.

“Diante dessa gestão centralizadora e autoritária, que tem tomado decisões sem diálogo, ignorando as demandas dos servidores e comprometendo a autonomia e a missão do IBGE, declaramos que não podemos mais tolerar essa situação”, cita.

A continuidade do mandato está comprometendo o funcionamento da instituição e o impacto negativo das decisões é sentido diariamente pelos trabalhadores pela quantidade de trabalho realizado, prossegue o documento que circula internamente.

“Assim, os servidores do IBGE manifestam publicamente seu desejo pelo fim do mandato do atual presidente, Márcio Pochmann e informam que já não o consideram como Presidente desta renomada instituição.”

Diretores também criticam

Outra carta foi assinada contra a gestão, dessa vez por um grupo de coordenadores e gerentes da Diretoria de Geociências.

O documento critica a “ausência de um processo decisório institucionalizado” que “compromete a efetividade das ações e, sobretudo, a harmonia do ambiente de trabalho e o engajamento das equipes com a missão institucional do IBGE”.

Eles manifestam divergência a quanto à obrigatoriedade do regime de trabalho híbrido, a eventual mudança para o Horto até o final de 2024, a alteração do Estatuto do IBGE e a criação da Fundação IBGE+.

“Solicitamos que a Alta Direção considere a implementação de um processo de consulta mais amplo e participativo para decisões, especialmente aquelas de grande impacto para a operação e o funcionamento do Instituto, onde nossa experiência seja realmente levada em consideração nas tomadas de decisões, nunca perdendo de vista os valores institucionais de qualidade, imparcialidade e independência”, diz o documento.

Previsão de safra de café do Brasil cai em meio à seca, mostra IBGE

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Padre é escolhido para comandar Secretaria de Educação de Várzea Grande

A prefeita eleita de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, Flávia Moretti (PL), anunciou o…

“Copa 22“, minuta de golpe e codinomes: veja o que embasou indiciamentos da PF

A Polícia Federal indiciou, na última quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um…

Artistas locais já podem se inscrever para os editais da Lei Aldir Blanc II

Artistas de Rondonópolis já podem se inscrever para os editais da Lei Aldir Blanc II.…