No passado recente de Campo Grande, uma figura que geralmente passa longe dos holofotes tomou papel de protagonista no comando da cidade: o vice-prefeito. Com as candidaturas à prefeitura postas, você conhece os rostos e sabe a função do cargo?
Muito além de apoiar a gestão, o vice é o segundo na hierarquia do Executivo. Se o prefeito precisar se ausentar, seja por motivo de saúde ou mesmo viagem a trabalho, cabe a ele ocupar cadeira no Paço como prefeito em exercício.
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Corrida pela prefeitura de Campo Grande tem 8 candidatos registrados
Em casos mais extremos, como cassação, renúncia ou morte, o vice passa a ser titular. Em Campo Grande as duas primeiras opções ocorreram.
Era 13 de março de 2014 quando o então prefeito Alcides Bernal (PP), eleito em outubro de 2012, foi cassado. Era a primeira vez na história da cidade que uma cassação ocorria no Executivo. Gilmar Olarte, hoje do União Brasil, mas à época filiado também ao Progressistas, assumiu como titular.
Em agosto do ano seguinte também foi afastado, alvo da Operação Coffee Break. Neste cenário, quando prefeito e vice perdem o mandato, quem fica como “tampão” é o presidente da Câmara Municipal.
Na ocasião, a mesa-diretora era presidida pelo então vereador Mario Cesar, que não pôde ficar a cadeira no Executivo porque também foi afastado na operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime).
Flávio Cesar, hoje secretário da Fazenda de Mato Grosso do Sul, quase foi prefeito por um dia, porque era o segundo na linha sucessória da Casa de Leis, 1° vice-presidente. Mas num revés da Justiça, em pleno 26 de agosto, aniversário de 116 de Campo Grande, Bernal retornou ao cargo e findou mandato sem conseguir reeleição.
Atual gestão A prefeita Adriane Lopes (PP) foi vice durante a primeira gestão pós Bernal, quando o então deputado estadual Marquinhos Trad venceu as eleições municipais de 2016.
Em 2020, a dupla foi reeleita. Porém, em abril de 2022, o prefeito renunciou ao cargo para disputar o governo de Mato Grosso do Sul naquele mesmo ano. Adriane, então, passou a ser titular e agora tenta reeleição.
Corrida eleitoral
Nestas eleições oito nomes foram homologados à corrida pela prefeitura. O Primeira Página te mostra um pouco do perfil dos candidatos a vice-prefeito, seguindo ordem alfabética levando em consideração o nome de urna de cada um.
Coronel Neidy
Neidy Nunes Barbosa Centurião, filiada ao Partido Liberal, concorre a vice-prefeita ao lado de Beto Pereira (PSDB). Nunca teve mandato, apenas concorreu a deputada estadual no pleito de 2022. Não foi eleita, porém, escreveu seu nome na história do estado de outra forma: foi a primeira mulher a se tornar coronel na Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e também a chegar ao posto sub-comandante.
Cynthia Duailibi
Cynthia Duailibi, 50 anos, é campo-grandense, médica e filiada ao Avante. Compõe chapa junto ao candidato a prefeito Beto Figueiró (Novo). Nunca esteve em disputa eleitoral.
Dra Camilla Avante
Camilla Nascimento de Oliveira, 49 anos, é goiana e filiada ao Avante. Odontóloga, ela está como candidata a vice-prefeita ao lado de Adriane Lopes. Esta é a primeira eleição que disputa. A dentista era diretora-presidente do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande) posto que ocupava desde agosto de 2017. Foi exonerada em março passado e a ideia inicial era tentar uma vaga na Câmara Municipal de Campo Grande.
João Faria
João Faria Alves, 66 anos, é de Floreal, interior de São Paulo. Filiado ao Democracia Cristã, tenta se eleger vice-prefeito ao lado de Ubirajara Martins, do mesmo partido. Não tem histórico político, apenas se candidatou a deputado estadual em 2018 pelo Podemos. Cadeirante, é o único postulante ao Executivo PCD (Pessoa com Deficiência).
Lya Santos
Elaine da Silva, 45 anos, é campo-grandense e filiada ao Rede. Servidora pública estadual, ela encara a disputa pelo comando da cidade ao lado do Luso de Queiroz (Psol). Nunca teve mandato, mas esta é a terceira eleição que se candidata. Tentou ser vereadora em 2020 e deputada estadual em 2022.
Thiago Assad
Thiago de Carvalho Assad, 39 anos, é campo-grandense e filiado ao PCO. Redator, não teve mandato, porém também disputou 2020 a prefeito de Campo Grande e em 2022 a deputado federal. Postula o novo cargo ao lado de Jorge Batista (PCO).
Roberto Oshiro
Roberto Tarashugue Oshiro Junior, 45 anos, é campo-grandense e filiado ao União Brasil. Advogado e diretor secretário da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), ele concorreu a vereador pelo PL em 2020. Agora está com Rose Modesto (União Brasil) em busca do Paço Municipal.
Zeca do PT
José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, é natural de Miranda e tem 74 anos e é atualmente deputado estadual. Já foi governador de Mato Grosso do Sul por duas vezes e também vereador por Campo Grande. Se lança, desta vez, ao lado de Camila Jara (PT).