Desde a redemocratização com as eleições de 1989 o eleitor brasileiro se acostumou a ver nas pesquisas de intenção de votos um balizador ou um termômetro de como estava a corrida eleitoral.
Em 2024, especialmente em algumas cidades de Mato Grosso o que a população viu foi uma guerra de pesquisas, e nenhuma acertando o resultado das eleições destas cidades.
Em Rondonópolis, segunda economia do estado, ficou evidenciado que não dá pra acreditar nesses institutos, que, ou não entendem nada, ou, agem de má fé, sem nenhum pudor do resultado, que deveria ser enquadrado como ataque à democracia.
Teve instituto que apresentou em um intervalo de uma semana duas pesquisas. O candidato que estava em terceiro lugar 20% atrás do primeiro, passou a liderar se considerasse a margem de erro.
Na mesma pesquisa, o que estava em segundo colocado venceu nas urnas com mais de 12% de frente para o segundo, que nas pesquisas desse instituto, apareceu até com 44% a frente, só que terminou apenas com 33%, da pra entender?
Nessa loucura que foi essa verdadeira falta de respeito com o eleitor, analistas ficaram perdidos entre tantos números que ficou impossível de fazer a leitura correta do cenário. Um movimento para criar regras rígidas e punições para esse tipo de conduta deveria começar no país inteiro, por aqui, estamos fazendo nossa parte.
É bom que se registre, os maiores institutos do Brasil, como o Data Folha e IPEC não fizeram pesquisas por aqui, e essa provavelmente é a explicação para tantos problemas. Uma pesquisa de um instituto qualquer custa aproximadamente 5 vezes menos que uma pesquisa IPEC ou Data Folha.
O que não resolve, é ver dono de instituto querer dar entrevista fazendo contorcionismo para explicar o inexplicável, porque isso só evidencia o que está na cara. O que será de 2026 se isso continuar?