O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão preventiva e determinou a soltura do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. Ele estava preso desde agosto de 2023, em Brasília.
A decisão está sob sigilo. Conforme a CNN apurou, Moraes entendeu que Silvinei não representa mais risco às investigações.
O ex-diretor deverá cumprir medidas cautelares, como usar tornozeleira eletrônica.
O advogado Eduardo Nostrani Simão, que representa Silvinei Vasques, afirmou que recebeu com “satisfação” a notícia sobre a liberação do ex-diretor da PRF. “Defendemos não apenas o Silvinei, mas o Estado de Direito. Defendemos que no Brasil a lei seja um argumento.”
Preso na Papuda
Nomeado como diretor-geral da PRF pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2021, Vasques está preso no Complexo da Papuda, em Brasília, desde agosto de 2023 por supostamente tentar interferir no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Ele completaria um ano na prisão na próxima sexta-feira (9).
Segundo a Polícia Federal (PF), ele teria “direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro de 2022”.
A investigação da PF reuniu elementos que, segundo investigadores, comprovam atuação da PRF para impactar as últimas eleições.
Em 25 de novembro de 2022, Vasques se tornou réu por improbidade administrativa, após ser acusado de uso indevido do cargo que ocupava, bem como de símbolos e imagem da instituição policial durante as eleições presidenciais.
Ele foi absolvido em primeira instância. O Ministério Público Federal (MPF) recorreu.
Em dezembro do mesmo ano, Vasques foi dispensado do cargo e, no mesmo mês, a PRF concedeu aposentadoria voluntária ao ex-diretor-geral, então com 47 anos.
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