A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta quinta-feira (26) que não há desassistência na saúde diante da seca prolongada enfrentada por estados das regiões Norte e Centro-Oeste.
“Não se pode falar de uma crise de desassistência”, disse a ministra. “Mas há, sim, municípios com uma pressão muito forte neste momento, sobretudo nas unidades básicas de saúde e nas UPAs. Não há um impacto em termos de falta de leitos que possa ser sinalizado como um grande alerta nesse sentido, mas não queremos chegar a essa situação”.
A declaração da ministra ocorreu após reunião com os secretários de Saúde da região Norte para discutir respostas à emergência climática nos estados mais afetados pela fumaça, pelo calor e pela seca.
Também participaram representantes:
- do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass),
- do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems),
- da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS),
- do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA)
- e do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR).
De acordo com a ministra, a fumaça proveniente dos incêndios florestais já refletem em problemas de saúde na população.
Desde o momento mais crítico dos incêndios florestais, o Ministério da Saúde registrou, entre a primeira quinzena de agosto e a primeira quinzena de setembro, um aumento nos atendimentos por náuseas e vômitos em Rondônia, Acre, Tocantins, Goiás e Distrito Federal.
“Em alguns estados, verifica-se que há municípios com aumento de internações, mais relacionado também a síndromes respiratórias agudas, mas sabemos que esses efeitos também podem ser de médio e longo prazo”, afirmou Nísia. “Então, nós temos trabalhado junto com o Conass e com as próprias secretarias estaduais para uma melhor compreensão desse processo”.
Para mitigar o problema, o governo federal tem instalado tendas de apoio para hidratação e nebulização da comunidade, especialmente nos estados da Amazônia e do Pantanal.