A produtora Quarteto Filmes Produções acusa o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, e o Diretório Estadual do Partido Social Democrático de Minas Gerais (PSD-MG) de um calote que, em valores atualizados, soma R$ 1.239.401,16. Esta é a segunda acusação de calote envolvendo Kalil em poucos dias.
Na segunda-feira (16), a CNN noticiou uma cobrança de R$ 1.530.000 por serviços prestados pela empresa da ex-deputada Manuela d’Ávila, que também não teriam sido declarados à Justiça Eleitoral.
Nesta nova ação, a produtora alega ter firmado quatro contratos para a “elaboração de filmes televisivos e programas de rádio durante o período de campanha eleitoral”, conforme documento judicial.
A CNN teve acesso ao processo, protocolado em 31 de julho, que contém assinaturas de dirigentes do PSD e carimbos da campanha de 2022 com o slogan “Kalil Governador”.
Um dos contratos, no entanto, não possui assinatura de membros do partido. A produtora justifica que executou o serviço, acreditando na boa-fé do PSD, uma vez que os outros contratos já estavam em andamento.
“A parte autora deu início às suas obrigações por acreditar na boa-fé da parte contrária”, diz o documento.
Em nota, o Diretório Estadual do PSD afirmou que “não firmou qualquer contrato com a Quarteto Filmes, e desconhece qualquer dívida com a empresa. As contas do partido foram devidamente prestadas à Justiça Eleitoral”.
Serviços prestados e não pagos
O escritório Adriano Cardoso Advogados, que representa a produtora, afirma que todos os serviços foram realizados, mas o pagamento, inicialmente de R$ 934 mil, não foi feito.
Como prova, o escritório juntou um link com todo o material produzido pela produtora que foi disponibilizado às emissoras.
Após a falta de pagamento, o PSD foi notificado extrajudicialmente em março, mas respondeu que “jamais contratou os serviços mencionados”.
O caso segue sob análise da Justiça.
Questionado, Alexandre Kalil não retornou os contatos feitos pela reportagem. O espaço segue aberto.
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