A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, em entrevista à CNN Brasil, abordou as recentes denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro da pasta Silvio Almeida. Evaristo enfatizou a necessidade de separar o caso individual das importantes políticas desenvolvidas pelo ministério.
Ao comentar a situação, a ministra destacou: “Vamos separar isso da instituição Ministério dos Direitos Humanos”. Ela ressaltou a importância de permitir que as instituições realizem seu trabalho de investigação, garantindo o direito de defesa e a devida responsabilização, caso necessário.
Desafios e prioridades do ministério
Evaristo também abordou as principais pautas e programas sob responsabilidade da pasta. Entre eles, destacou políticas voltadas para a defesa dos direitos de crianças, adolescentes e idosos, além do programa de proteção aos defensores dos direitos humanos.
A ministra expressou preocupação com a violência contra ativistas, mencionando o recente caso de um jovem indígena assassinado no Mato Grosso do Sul. “A gente não pode chorar as pessoas depois que elas morreram e a gente precisa agir preventivamente, proteger essas pessoas e atuar nessas situações de conflito”, afirmou.
Inclusão e acessibilidade em foco
Outro ponto destacado por Evaristo foi o programa “Novo Viver Sem Limites”, voltado para políticas públicas de acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência. A ministra ressaltou a importância da colaboração interministerial, mencionando parcerias com os ministérios da Educação e da Saúde.
Evaristo também mencionou ter recebido um dossiê sobre questões relacionadas ao autismo, enfatizando a necessidade de ouvir todas as partes envolvidas antes de tomar decisões. “Nossa tarefa e o esforço nesse momento é acolher, ouvir”, declarou a ministra, reconhecendo o desafio de “trocar a roda do carro com o carro andando” em seus primeiros dias à frente da pasta.