Um dos assuntos que mais ouvimos nessa última semana foi a alta do preço do dólar. E o motivo de todo esse rebuliço em torno dessa notícia se deu por conta do resultado das eleições nos Estados Unidos, na qual Donald Trump conseguiu o posto de, quem sabe, homem mais poderoso do planeta.
Mas no que, de fato, a alta do dólar afeta nossa vida aqui no Brasil? Um país distante da sede do governo americano, quase 7 mil quilômetros?
Esse é um assunto que merece, e muito, a atenção dos brasileiros porque as consequências são extremamente sérias para seu bolso, e isso independe se você usa só o real para pagar suas contas do dia a dia. E, nesse quesito, podemos tratar os impactos como diretos ou indiretos.
Vamos começar por um item que sofre impacto direto e que é muito difícil para nós escaparmos dos efeitos dele, que é o preço da gasolina. Isso porque o preço do petróleo mundial é cotado em dólar.
Toda vez que o dólar sobe, podemos esperar que o preço do combustível na bomba registre uma alta de preço também. E tem mais, tudo que está relacionado à logística também vai ter seu preço afetado, como, por exemplo, armazenagem, controle de estoque e os custos de transporte propriamente dito também vão sofrer pela variação do preço da moeda estrangeira.
Num país vasto como o nosso onde as distâncias a serem percorridas são longas e no qual a dependência do transporte rodoviário é grande, os custos de logística, que é um item de extrema importância nas operações comerciais, vai traduzir tudo isso nos preços dos outros produtos que dependem deste processo para chegar às mãos do consumidor.
Um exemplo disso são itens básicos que colocamos na nossa mesa, como o preço da carne, das frutas e legumes.
Na contramão disso, temos os produtos com necessidade de serem importados, haja vista que, embora sejam produzidos aqui no Brasil, essa produção não é suficiente para atender toda a demanda gerada aqui dentro. Exemplo disso é o arroz, o feijão e o trigo, que são itens básicos da cesta básica do brasileiro.
Com o dólar mais caro, o preço dessas importações vai aumentar e, mais uma vez, vamos sentir o peso disso na hora de pagar a conta no caixa do supermercado.
Outro ponto duramente afetado pela alta do dólar é o preço dos medicamentos. Isso porque a produção de medicamentos no Brasil ainda é muito dependente de insumos que só são encontrados lá fora e uma grande parte da matéria-prima usada para a fabricação de remédios vem de fora do país e é comercializada em dólar. Sendo assim, podemos esperar a alta dos preços, também, nas drogarias e farmácias.
Em geral, tudo que está relacionado com importação como vestuário, eletrônicos, alimentos dentre outros vai impactar, principalmente, o orçamento da classe de renda mais baixa, já que grande parte dos produtos consumidos por essa fatia da população são importados de fora do país para se tornarem mais competitivos no quesito preço.
O que fica bem claro é que essa constante alta de preço da moeda americana traz consequências diretas no cotidiano dos brasileiros, porque encarece os preços desde os produtos mais básicos até os menos básicos, como turismo, por exemplo.
Esse aumento de preços em geral como alta de preços dos produtos importados, o aumento de preço dos insumos usados na produção local e, também, de processos internos como logística e outros, faz com que os fabricantes nacionais se vejam obrigados a aumentar os valores de seus produtos para conseguir custear essa alta de seus custos.
De forma lamentável, além dos impactos diretos sofridos pelo consumidor, que vê a marcação de preços no mercado direto, ele vai sofrer também os efeitos da inflação que toda essa cadeia gera. E, infelizmente, desses efeitos não é muito fácil escapar.
Formas de se tornar menos exposto a tudo isso é pesquisar preços e procurar optar por produtos que não dependam tanto da moeda estrangeira e, mais do que nunca, manter um planejamento efetivo e procurar não fazer despesas desnecessárias nesse momento de instabilidade financeira.
Em resumo, podemos perceber que a alta do dólar tem efeitos significativos no cotidiano dos brasileiros, afetando desde o preço de itens básicos até o acesso a produtos importados e serviços essenciais, como alimentação e saúde.
Diante disso, é crucial que o consumidor fique atento a essas variações e busque alternativas que possam atenuar os efeitos da inflação e da alta moeda em seu orçamento. Afinal, a conscientização e a adaptação são fundamentais para enfrentar os desafios financeiros que afetam diretamente a qualidade de vida dos cidadãos brasileiros.
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